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segunda-feira, setembro 17, 2007

Brasil fica em 2º lugar no Mundial de judô

Terra, Segunda, 17 de setembro de 2007 - O Brasil encerrou neste domingo sua participação no Mundial de Judô do Rio de Janeiro com quatro medalhas, três de ouro e uma de bronze, o que representa a melhor campanha do País na história da competição e dá aos atletas muita confiança para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

O Brasil terminou o Mundial na segunda posição geral. Na última luta do torneio, Yasuyuki Muneta conquistou o título da categoria absoluto e garantiu a primeira colocação ao Japão, que não tinha um ouro sequer até este domingo. No entanto, o País foi o grande campeão no masculino, fato inédito para o judô nacional.

Todos os pódios do Brasil foram obtidos pela equipe masculina. No sábado, João Derly conquistou o bicampeonato da competição entre os meio-leves (até 66 kg). Na sexta-feira, Tiago Camilo foi o campeão entre os meio-médios (até 81kg). Na quinta, Luciano Correa (meio-pesado, até 100 kg) foi ouro e João Gabriel Schlittler (pesado, acima de 100 kg) conquistou o bronze.


Tiago Camilo ainda foi eleito o melhor atleta do Mundial de judô do Rio de Janeiro, repetindo o feito de João Derly, escolhido o melhor do Mundial do Cairo, em 2005, no Egito. "Esse prêmio é para coroar a minha participação", disse.

Esta foi a melhor campanha do país na história do torneio. O recorde anterior pertencia aos Mundiais de 1997 e 2003, com três medalhas em cada edição, sendo uma prata e dois bronzes no primeiro e três bronzes no segundo.

A decepção ficou por conta das mulheres, que brilharam nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro com medalhas nas sete categorias em disputa, mas que no Mundial só se aproximaram do pódio na categoria meio-médio (até 52 kg), na qual Érika Miranda foi a quinta colocada.

No último dia de competições, a melhor participação brasileira veio com Daniel Hernandes, da categoria absoluto - que não integra o programa dos Jogos Olímpicos. O paulista venceu três adversários por ippon: o senegalês D. Djegoy, Movlud Miriyev do Azerbaijão e o húngaro Barna Bor.

No entanto, na semifinal ele foi completamente dominado por Jury Rybak, da Bielo-Rússia, e perdeu quando o adversário conseguiu aplicar um golpe perfeito com dois minutos de luta. Com isto, Daniel seguiu para a disputa do bronze, na qual foi derrotado, por imobilização, pelo francês Mathieu Bataille, ficando em quinto lugar.
Os demais brasileiros a entrar no tatame neste domingo não conseguiram chegar muito longe. A peso ligeiro (até 48 kg) Daniela Polzin venceu duas lutas, mas foi derrotada na terceira pela italiana Vanessa Muscatt e não teve chances de voltar na repescagem.

A eliminação também foi precoce para o ligeiro (até 60 kg) Breno Alves, que perdeu o segundo combate para o ucraniano Rishod Sobirov, e para a peso absoluto Priscila Marques, que não passou da primeira fase, quando foi derrotada pela também ucraniana Maryna Profkyeva.

Com o fim do Mundial e a excelente participação da equipe masculina do Brasil, as atenções dos judocas brasileiros se voltam para os Jogos Olímpicos de Pequim, no ano de 2008.

Todos os medalhistas, além de Érica Martins, garantiram vagas para o País nas Olimpíadas, mas apenas João Derly já está convocado como integrante da delegação por ser bicampeão mundial e campeão pan-americano. Os demais terão que confirmar suas vagas em seletivas e competições internacionais.

A tradição do Brasil no judô é comprovada com as 12 medalhas olímpicas que o País possui na modalidade, sendo duas de ouro, três de prata e sete de bronze. Desde a Olimpíada de Los Angeles-1984, o Brasil conquista pelo menos uma medalha neste esporte na maior competição esportiva do planeta.
Além disso, nos últimos três Mundiais (Osaka-2003, Cairo-2005 e Rio-2007) o País subiu ao pódio pelo menos duas vezes. Com os excelentes resultados dos últimos anos, a cobrança será grande em Pequim-2008, mas os judocas brasileiros afirmam estar preparados para corresponder às expectativas.