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segunda-feira, setembro 17, 2007

Resultados do Mundial de Ginástica são sinal de evolução, opinam 'veteranos'


UOL, 11/09/2007 - Evolução. Essa foi a palavra que os ginastas brasileiros usaram para falar sobre o resultado obtido pela equipe brasileira no Mundial de Stuttgart, na Alemanha. Nesta terça-feira, os mais veteranos do time, como Daiane dos Santos, Daniele e Diego Hypólito lembraram da ascensão do país nas competições internacionais.

Ao falar sobre a final da prova de solo, na qual obteve a medalha de ouro, Diego Hypólito minimizou a ausência de concorrentes como o romeno Marianu Dragulescu, campeão mundial em 2006, e o canadense Kyle Shewfelt, ouro nos Jogos de Atenas em 2004. "O meu desempenho no Mundial não foi facilitado pela ausência deles. O fato de eles não estarem lá não diminui em nada o meu resultado. Eu consegui mais uma vez um título mundial", afirmou o ginasta.
"Correu tudo como a gente esperava. Foi realmente um progresso. No último Mundial, ficamos em 7º. Agora, em 5º. Estamos no caminho certo", opinou Daiane dos Santos, que já foi campeã mundial no solo, mas em Stuttgart não foi a nenhuma final individual. "Nessa competição deu pra ver bem que a evolução do Brasil não é só de uma menina, mas sim do grupo todo".Primeira medalhista do país em Mundiais, com a prata no solo em Ghent (Bélgica), em 2001, Daniele Hypólito comemorou por continuar na seleção, mesmo ao lado de uma nova geração. "Estou muito feliz, porque esse é um grupo novo, mas nós continuamos aqui", contou a ginasta, que ainda salientou o novo olhar das equipes estrangeiras sobre as atletas brasileiras. "Agora, quando a gente chega às competições internacionais, as pessoas já olham de outra maneira. Elas têm mais respeito".

Principal nome da nova geração, Jade Barbosa chegou a duas finais por aparelhos em Stuttgart, terminando em 5º no salto e em 7º lugar na trave. Porém, seu principal resultado foi a conquista do bronze no individual geral, melhor classificação de uma ginasta brasileira na história da competição."Eu tinha condição para chegar aonde cheguei, mas não conseguia acreditar. Fiquei boba na hora, só acreditei quando a Eliane [Martins, coordenadora geral da Confederação Brasileira de Ginástica] e a Irina [Ilyashenko, membro da comissão técnica] vieram me falar", revela Jade. Nesta terça, no desembarque da seleção no Brasil, a ginasta voltou a chorar ao comentar seu resultado. "Eu não fui para ganhar, queria competir e representar bem o meu país".

Mas se para Jade o bronze foi uma grata surpresa, para Diego Hypólito o ouro no solo era uma meta. Campeão em 2005 e vice em 2006, o atleta treinou fortemente para repetir a conquista e garantir vaga nos Jogos Olímpicos de Pequim.Principal ginasta brasileiro entre os homens, Diego rechaçou qualquer decepção sobre a 17ª colocação da equipe na classificação geral, resultado que não dá direito ao Brasil de levar seu time completo para as Olimpíadas de Pequim. "Essa colocação é um sinal de evolução. A concorrência na ginástica masculina é muito grande. Os meus resultados não foram individuais, mas sim fruto do trabalho de um grupo inteiro".