UFPR comemora 20 anos de pesquisa distribuindo mudas de pinheiro

A comemoração marca também uma nova etapa da pesquisa, que é a diversificação de mudas e a campanha para a criação de um Instituto de Pesquisas com Araucária ou uma gerência nacional para reunir todos os estudos que vêm sendo feitos sobre o pinheiro no Estado e no País.
Para formar florestas com pinheiros de origens variadas, o coordenador das pesquisas na UFPR, professor Flávio Zanette coletou pinhões em Bom Jardim e São Joaquim, Santa Catarina e São Francisco de Paula e Tangará da Serra, Rio Grande do Sul. Essas plantas serão distribuídas aos interessados junto com as mudas produzidas por cruzamento dirigido na UFPR. As pessoas que puderem serão convocadas a dar uma contribuição simbólica de R$ 1,00 por planta. O dinheiro será revertido para a continuidade dos estudos, mas quem não tem condições leva as plantas gratuitamente. Alunos da equipe de pesquisa estarão fazendo a distribuição das 8, às 18 horas.
As pessoas que levarem mudas farão um cadastro com nome, telefone, CPF e endereço de plantio. O objetivo dos pesquisadores é saber onde estarão as plantas para acompanhar o crescimento das árvores.
Além de realizar uma diversificação genética das árvores, a meta é incentivar a produção de pinhões, como alternativa para reforçar a alimentação, destaca o professor Zanette.
NOVIDADES - Os interessados também poderão conhecer os mais recentes resultados com a enxertia e estaquia de araucárias adultas.
Pesquisador da UFPR recebe prêmio

De acordo com os organizadores a estatueta é conferida a pessoas e empresas que desenvolvem a solidariedade no seu dia-a-dia e que trabalham para mudar a vida da comunidade. Esse ano, foram destacados profissionais de todo Brasil e do Exterior.
Além do troféu os homenageados fazem parte da edição num livro que foi lançado durante a entrega do prêmio, na última sexta-feira, dia11 de novembro. A publicação é distribuída para bibliotecas de todo País. Esse ano o tema central da quarta premiação foi “Uma lição de Vida”.
Foram premiadas personalidades que se destacaram em 10 áreas, como inovação; política, ética e consciência; artes; empreendedorismo; juventude e garra; mulher e força; educação, cultura e responsabilidade social; dedicação e vida; ação social e benemerência, além de vida a dois e ainda empresas e negócios.
Zanette foi homenageado na categoria grandes realizadores. É o reconhecimento pelas pesquisas em busca da preservação da araucária, o nosso pinheiro, destacou o pesquisador. As primeiras clonagens começaram há 19 anos, junto com a pesquisadora Cecília Iritani, na UFPR. Hoje há árvores clonadas em várias regiões do Paraná e Santa Catarina. Esse projeto continua e a novidade é o cruzamento entre pólem de pinheiros machos de Lajes, Santa Catarina em pinhas colhidas na região de Curitiba. Foram feitos 240 cruzamentos em outubro.
Pinheiro polinizado pelo homem dá frutos

A pesquisa pela preservação do pinheiro do Paraná, “Araucária angustifólia” em laboratório, conquista mais um importante avanço na UFPR.
Acaba de ser colhida a primeira pinha, fruto da polinização dirigida em 2003. "Há 66 pinhões numa única pinha", comenta com surpresa o pesquisador Flávio Zanette, que começou a desenvolver estudos com pinheiro há quase 20 anos.
A colheita da primeira de mais de 40 pinhas obtidas através da polinização dirigida ocorre um ano e sete meses depois da técnica ter sido aplicada. Os resultados estão comprovando que o homem pode fazer de maneira controlada o que o vento faz aleatoriamente. "Assim, teremos sementes de melhor qualidade", comenta o pesquisador.
Laboratório de Micropropagação faz 20 anos
Com um histórico de 21 teses de doutorado e 17 dissertações de mestrado o Laboratório de Microprogação de Plantas do Setor de Ciências Agrárias da UFPR está completando este mês 20 anos de atividades.
Foi nessa unidade que nasceu o pinheiro de proveta, através de uma técnica de fertilização para evitar a extinção da espécie. A primeira árvore obtida em laboratório foi plantada no município de Araucária e já está completando, em 2005, 19 anos. Hoje, há árvores em várias cidades paranaenses, de Santa Catarina e de outros Estados.
Atualmente estão sendo desenvolvidos 14 estudos no laboratório criado pelo pesquisador Flávio Zanette e que começou a funcionar em 12 de março de 1985. A solenidade que marca os 20 anos foi realizada na última sexta-feira e contou com a participação de pesquisadores e pós-graduandos que já desenvolveram e também que ainda realizam pesquisas na unidade. "Até dia 16, quarta-feira, no fim da tarde fica aberta a exposição de painéis sobre as pesquisas já desenvolvidas no laboratório", explica o atual coordenador, professor Luiz Antonio Biasi.
Os pesquisadores estudam agora a propagação do cinamomo visando controle da dengue. Trata-se de uma árvore comum na região sudoeste do Paraná. Outra pesquisa é sobre o eucalipto tolerante a metais pesados. A intenção dos estudiosos é plantar a árvore em solo poluído e utilizar a espécie para recuperar a terra. Também há estudos com plantas medicinais como o xaxim e ainda, a espinheira santa e plantas ornamentais como o abacaxi. Na área da fruticultura estão sendo realizados estudos de enxertia de macieiras e videiras, além da microenxertia da “ Araucária angustifólia”, o pinheiro do Paraná.
O Laboratório de Micropropagação de Plantas foi financiado pelo Ministério da Agricultura, mas em 1998, depois que os primeiros resultados começaram a aparecer, a FINEP- Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia liberou U$ 200 mil, o que permitiu a criação de um segundo laboratório, desta vez no Setor de Ciências Biológicas, no Departamento de Botânica. "Além de frutos para a ciência a primeira unidade gerou outro laboratório, facilitando a vida de estudantes da Biológicas que não precisam mais ir até o Setor de Ciências Agrárias", lembra Zanette. Assim a iniciativa que nasceu com um pesquisador e dois estagiários, hoje conta com 20 pessoas.
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