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sexta-feira, outubro 06, 2006

Cidade de Deus: o filme brasileiro mais premiado?

"Cidade de Deus" recebeu 4 indicações ao Oscar (Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Montagem e Melhor Fotografia), ganhou 48 prêmios (entre eles: BAFTA de Melhor Edição, 9 prêmios no Festival de Havana, 6 prêmios no Grande Prêmio Cinema Brasil) e mais 21 indicações (entre eles: Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, Independent Spirit Awards de Melhor Filme Estrangeiro).

Cinco anos depois de sua publicação, um dos romances brasileiros mais importantes da década de 90 chega aos cinemas para contar, num painel ágil e visceral, como o crime organizado se instalou nas favelas do Rio.
Lançado em 1997, Cidade de Deus, de Paulo Lins, foi levado às telas por Fernando Meirelles (Menino Maluquinho 2 e Domésticas, o Filme). Mas Fernando define Cidade de Deus como um "filme de turma" - uma obra que não teria sido a mesma sem a contribuição de toda a equipe, principalmente da co-diretora Katia Lund; do roteirista Bráulio Mantovani; do diretor de fotografia César Charlone; do montador Daniel Rezende e do diretor de arte Tulé Peake. Sem mencionar o elenco, formado por centenas de jovens atores, quase todos em seus primeiros papéis no cinema. A pré-estréia mundial aconteceu em maio de 2002, no Festival de Cannes, onde o filme foi considerado a grande descoberta do evento: "É uma sensação maravilhosa entrar numa sala de projeção para assistir a um filme de que pouco se sabe e perceber que se está diante de uma obra-prima", escreveu Andrew Pulver, do jornal inglês The Guardian.

SINOPSE: O principal personagem do filme Cidade de Deus não é uma pessoa. O verdadeiro protagonista é o lugar. Cidade de Deus é uma favela que surgiu nos anos 60, e se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro, no começo dos anos 80.
Para contar a estória deste lugar, o filme narra a vida de diversos personagens, todos vistos sob o ponto de vista do narrador, Buscapé.
Este, um menino pobre, negro, muito sensível e bastante amedrontado com a idéia de se tornar um bandido; mas também, inteligente suficientemente para se resignar com trabalhos quase escravos.
Buscapé cresceu num ambiente bastante violento. Apesar de sentir que todas as chances estavam contra ele, descobre que pode ver a vida com outros olhos: os de um artista. Acidentalmente, torna-se fotógrafo profissional, o que foi sua libertação.
Buscapé não é o verdadeiro protagonista do filme: não é o único que faz a estória acontecer; não é o único que determina os fatos principais. No entanto, não somente sua vida está ligada com os acontecimentos da estória, mas também, é através da sua perspectiva que entendemos a humanidade existente, em um mundo aparentemente condenado por uma violência infinita.

Mais informações: http://cidadededeus.globo.com/ e http://www.imdb.com/title/tt0317248/