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segunda-feira, setembro 25, 2006

Lygia Bojunga: reconhecimento internacional na literatura infanto-juvenil

Lygia Bojunga foi a primeira escritora fora do eixo Europa-Estados Unidos a receber a medalha Hans Christian Andersen (1982), considerada o prêmio Nobel dos autores para a infância e juventude de todo o mundo. Na ocasião Lygia tinha apenas seis livros publicados: Os Colegas, Angélica, A Bolsa Amarela, A Casa da Madrinha, Corda Bamba e O Sofá Estampado.

A opinião dos vários jurados internacionais do prêmio Andersen, quando, primeiramente, elegeram Lygia como uma escritora altamente recomendada para a medalha, foi transcrita no Jornal do Brasil em artigo de Ana Maria Machado, na época, membro do júri:

"É um dos autores mais originais que já tivemos a oportunidade de ler. Tem uma linguagem absolutamente própria, que prende o leitor. E cada frase tem uma mensagem subjacente.
Além de construir uma obra muito inteligente, consegue criar um universo onde a fantasia é totalmente livre".
"A ausência de fronteiras entre o realismo e a fantasia faz de seus livros um mundo fascinante. Na medida em que desenvolver mais sua obra, terá um lugar garantido entre os mestres da literatura infantil".
"O adulto lê suas histórias com tanto prazer quanto as crianças. E esse prazer é mesmo muito grande".
"A riqueza de suas metáforas é espantosa, bem como seu domínio técnico na elaboração da narrativa, e na perfeita fusão do social com o individual".
"Consegue ultrapassar as tradições de sua própria sociedade, mesmo se mantendo muito brasileira. Nenhum dos outros concorrentes apresenta tantas condições de ser uma contribuição duradoura para crianças, nem tanta capacidade de influenciar os outros. Estamos diante de algo que é absolutamente novo".
"Ainda que profundamente fiel às fontes brasileiras, tem uma ressonância universal
".


Após o prêmio Andersen a obra de Lygia se espalhou pelo mundo e a autora teve livros publicados em dezenove idiomas.

Em abril de 2003, três dos livros de Lygia Bojunga (A BOLSA AMARELA, A CASA DA MADRINHA e CORDA BAMBA) se tornaram clássicos da literatura infanto-juvenil brasileira.

Depois veio TCHAU, único livro de contos da autora.

No começo de 2004 chegou Angélica, obra de ficção que tem num dos capítulos uma peça completa de teatro, e que – como os livros anteriores – foi recipiente de importantes prêmios.

Em 2005 a Casa Editorial recebeu OS COLEGAS, comemorando as cinqüenta edições deste livro – o primeiro escrito por Lygia, e que, nesta estréia na Casa de sua autora, vê restauradas em suas páginas algumas das mais belas ilustrações coloridas que o artista Gian Calvi criou, originalmente, para o livro.


A Bolsa Amarela - É o terceiro livro da carreira da autora. Agora em 39ª edição.

Nele encontramos o ludismo que sempre esteve presente nos livros de Lygia, mas que aqui encontra um perfeito equilíbrio entre a liberdade do imaginário e as restrições do real. A Bolsa é a história de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela) – a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação – por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio "criança não tem vontade" – essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.

A Bolsa Amarela recebeu o selo de ouro da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, dado anualmente ao livro considerado "O Melhor para a Criança", e o Certificado de Honra do IBBY (International Board on Books for Young People). Traduzido em vários idiomas, o livro foi encenado em teatros do Brasil, Bélgica e Suécia.


A Casa da Madrinha - Este é o quarto livro da autora. Agora em 19ª edição. É mais uma bela narrativa na qual, bem no estilo de Lygia, se permeia o realismo cotidiano e a fantasia. Seu enfoque é a dura realidade dos problemas de sobrevivência na cidade grande, mas dá espaço ao sonho e à esperança que devem acompanhar o ser humano para tornar-lhe a jornada mais fácil. Mais que um clássico da literatura infanto-juvenil brasileira, este livro revela-se como uma bela metáfora do grande ideal que todo ser humano deve perseguir em sua luta pela vida. Ainda que transpareça o contexto de exploração do trabalho do menor, o que predomina é o lirismo, a fantasia e a confiança na capacidade de encontrar soluções criativas que transformem a dura realidade.

A Casa da Madrinha ganhou os seguintes prêmios:

"O MELHOR PARA O JOVEM"
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil

"OS MELHORES PARA A JUVENTUDE"
Senado de Berlim

"RATTENFÄNGER-LITERATURPREISES"
Prêmio criado na Alemanha para comemorar os 700 anos da célebre lenda "O Flautista de Hamelin".

Traduzido em vários idiomas A Casa da Madrinha foi encenado em teatros do Brasil e da Suécia.


Corda Bamba - Este é o quinto livro da carreira da autora. Agora em 22ª edição.

Corda Bamba é um sopro de coragem que nos leva ao encontro de forças adormecidas. E com cuidado, bem ao seu estilo, Lygia "estica a corda" e nos faz transpor a ponte que liga duas extremidades: realidade e fantasia. Trabalhando na linha psicológica, com muita sensibilidade e respeito ao ser humano, enfoca a morte e seus estigmas. Conduz com maestria e um humor singular o aprendizado de viver com a perda. Ilumina a obscuridade ao levantar questões que passam despercebidas no cotidiano. Cria diálogos ricos entre o inconsciente e a realidade, e nos leva à compreensão de que podemos caminhar sozinhos e sermos bem sucedidos, mesmo que andemos na corda bamba.

Corda Bamba foi filmado pela TV sueca, encenado em teatros do Brasil, Alemanha e Holanda, e recebeu o prêmio "ALTAMENTE RECOMENDÁVEL", dado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.


TCHAU - Único livro de contos da autora. Agora em 17ªedição.

Tchau reúne quatro narrativas densas, onde - no estilo habitual que já se tornou sua marca - Lygia transita com inteira liberdade entre o realismo e o fantástico. Aqui, ela nos fala de paixão, de amizade, de ciúme e da necessidade de criar.

TCHAU ganhou o prêmio O MELHOR PARA O JOVEM - FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) e foi incluído na seleção dos melhores livros da BIBLIOTECA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE - Munique, Alemanha.


Angélica - Agora em 23ª edição

Quando você não quer mais ser o que você é - dá pra mudar de pele?
Quando você não se conforma com o jeito que a sua família vive - dá pra mudar o jeito?
E quando você não arranja emprego - dá pra inventar um?
Se você tem que vender um pedaço de você mesmo pra sobreviver - dá pra ficar de bom humor?
E se você fica velho e sozinho no mundo - dá pra dar a volta por cima?

Os personagens que levantam estas dúvidas (e outras mais) se encontram aqui neste livro. Juntos, criam uma peça de teatro chamada Angélica

A criatividade faz de cada um deles um ser mais feliz.


Os Colegas - livro ganhador de vários prêmios nacionais e internacionais

Em Os Colegas, Lygia cria um de seus mais famosos grupos de personagens, entre os quais o ursíssimo Voz de Cristal, o coelho Cara-de-pau, e os vira-latas Virinha e Latinha: seres abandonados, vivendo à margem da vida, mas que - uma vez reunidos pelo acaso - descobrem a amizade, a solidariedade e uma intensa alegria de viver.


O Sofá Estampado - Um dos livros mais premiados de Lygia Bojunga, O Sofá Estampado conta uma história aparentemente singela (a paixão de um tatu por uma gata angorá), abrindo em suas páginas um leque de personagens pitorescos, que pincelam com suas ações e diálogos um quadro divertido e emocionante de crítica social.


O Meu Amigo Pintor - O comovente encontro de um adolescente com a alma atormentada de um artista. Para o menino, a deslumbradora revelação do mundo das cores, das formas; a interpretação da vida através da intuição e da experiência do artista. Para o pintor, a presença da ternura e do entusiasmo do jovem amigo na aventura dessas descobertas, o conforto daquela confiança no drama da sua solidão.

Traduzido em vários idiomas, O Meu Amigo Pintor, foi teatralizado por Lygia Bojunga e levado à cena por Bia Lessa, arrebatando os dois mais importantes prêmios teatrais da época: Prêmio Moliere e Prêmio Mambembe.

Tendo recebido anteriormente em Cambridge, na Inglaterra, o prêmio HANS CHRISTIAN ANDERSEN, concedido pelo Comitê Internacional do IBBY (International Board on Books for Young People) e, posteriormente, na Alemanha, o prêmio criado para comemorar os 700 anos da célebre lenda do Flautista de Hamelin: "Rattenfänger-Literaturpreises", agora Lygia Bojunga recebe em Estocolmo o maior prêmio mundial jamais instituído em prol da literatura para crianças e jovens: ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award), criado recentemente pelo governo da Suécia.

A TRILOGIA DO LIVRO

Depois chegaram as três obras que, entre os leitores habituais de Lygia, ficaram conhecidas como "a trilogia do livro": Livro - um encontro, Fazendo Ana Paz e Paisagem. Independentes umas das outras, as três retratam a alma literária da Autora. Se numa abordagem é quem lê, e na outra a de quem escreve, na terceira a leitura e a escrita se fundem.

LIVRO - um encontro é uma criação viva, que transmite de um modo altamente inventivo os sentimentos e as emoções íntimas de uma escritora no seu relacionamento com os livros.

Paisagem é uma narrativa que entrelaça os dois momentos do processo de escrever uma história: o da criação (papel do autor) e o da "re"-criação (papel do leitor).

Para tecer essa relação, Lygia cria o personagem Lourenço, um jovem que se corresponde com uma escritora que ele admira.

Esta obra traz novas mensagens ao mundo das palavras, formas e sentimentos que compõem uma obra literária.


Em FAZENDO ANA PAZ a história surge através de fragmentos dispersos, como fotografias em álbuns antigos.
Um autor à procura da personagem... ou será a personagem à procura do autor?

Bem diferente de outros personagens de Lygia, Ana Paz tem "um endereço certo" e um compromisso no passado que ela precisa resgatar.

SEIS VEZES LUCAS conta da perplexidade que nos assalta na infância ao nos depararmos com as primeiras desilusões amorosas.


Em A CAMA Lygia cria uma extensa galeria de personagens cujas vidas se entrelaçam na disputa de uma inusitada cama – único bem material que restou a uma família outrora abastada e que agora, desencadeando conflitos ora cômicos, ora dramáticos, ganha no livro o status de personagem principal.

FEITO À MÃO revela a todos que se interessam pelo processo criativo vários aspectos ligados ao trabalho e à vida dessa escritora singular que, mesmo vivendo profissionalmente de seus livros, gosta de se autodenominar artesã; mesmo vivendo um perene caso de amor com o Rio, prende um pedaço de sua vida a Londres.

NÓS TRÊS nos mostra uma praia deserta do litoral brasileiro, onde uma menina em férias, um homem de vida errante e uma mulher que optou pela solidão se vêem subitamente envolvidos no redemoinho de uma paixão trágica.

N’O ABRAÇO Lygia Bojunga vai buscar no mais íntimo de sua personagem Cristina o saldo de uma experiência sexual amarga vivida por Cristina-menina e refletida na Cristina-mulher. A narrativa de Lygia é a denúncia de um crime que não tem perdão. Do primeiro ao último momento, esse abraço emociona e intriga.

Em O RIO E EU, após ser apresentada, ainda criança, ao Rio de Janeiro pela pitoresca Maria da Anunciação, a autora passa a lidar com a Cidade Maravilhosa como mais uma de suas personagens e nos relata o caso de amor que até hoje mantém com o Rio.

Após uma ausência de 4 anos - quando priorizou a tarefa e criar uma casa editorial para seus personagens -, Lygia Bojunga volta ao seu trabalho literário lançando dois novos títulos:

Aula de Inglês
e
Sapato de Salto

São histórias que lidam com os permanentes conflitos sexuais, amorosos e familiares que dificultam e/ou iluminam a trajetória de adolescentes e adultos.